TJSE - Estudantes têm aula prática sobre acessibilidade nos museus no Memorial do Judiciário
quinta-feira, 31 de março de 2022, 16h58
Nesta quarta-feira, dia 30, o Memorial do Judiciário recebeu os alunos da turma Educação e Acessibilidade nos Museus, da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Os visitantes participaram de uma aula prática, na qual conheceram o acervo do Projeto Memorial de Perto que possibilita o acesso de pessoas com deficiência ou dificuldades visuais ao acervo da casa de cultura do Tribunal de Justiça de Sergipe, por meio de ferramentas de audiodescrição e libras.
"Esta é uma parceria muito interessante com a UFS, porque a disciplina que a professora Cristina Valença está ministrando é Educação e Acessibilidade em Museus. O Memorial é o único museu de Sergipe que conta com uma exposição permanente adaptada para promover a acessibilidade, por meio da ferramenta de audioguias, porque está preocupado em proporcionar essa experiência de acesso às pessoas com deficiência. Temos ainda em exposição peças em braile e maquetes táteis, além do espaço que é totalmente adaptado. É importante a avaliação dos estudantes e essa troca de conhecimento, já que o Memorial é um local de salvaguarda da memória", avaliou a Diretora do Memorial, Sayonara Viana.
Os alunos da UFS terão aulas práticas no espaço no Memorial, todas as quartas-feiras, do dia 30 de março até o dia 25 de maio. A professora do Departamento de Museologia Cristina Valença Cunha Barroso, Doutora em Educação, explicou que, durante as aulas, os alunos poderão avaliar a acessibilidade física, comunicacional, fazer um diagnóstico e, caso sejam encontrados obstáculos à inclusão, propor soluções possíveis que possam ser adaptáveis, tanto para as exposições quanto para o espaço do Memorial.
"Nesta disciplina geralmente realizamos ações práticas e aproveitamos para ir às instituições. O Memorial do Judiciário tem uma especificidade, porque já detém elementos inclusivos, como o braile, a audiodescrição, o piso tátil. Então, são situações que os estudantes podem perceber como as instituições podem agregar acessibilidade, inclusão, mesmo que, como é o caso do Memorial, tenha uma arquitetura do século XX", relatou a professora Cristina Valença.
O Projeto Memorial de Perto disponibiliza a utilização de audioguias, configurados através de um software de gerenciamento que, além de enviar o áudio para um computador remoto, efetua outras customizações para pessoas com deficiências visuais. O Projeto permite a inclusão social, proporcionando ao público conhecer fases da história, da memória e da arte. Além da audiodescrição, o acervo conta com leitura em braile e algumas obras táteis, como o brasão do Estado de Sergipe, obra do artista Jorge Luiz Barros. O TJSE é um dos pioneiros no Judiciário brasileiro na disponibilização gratuita da tecnologia de audiodescrição.
"O público que não tem muito acesso à cultura, seja porque os espaços não são acessíveis, ou porque as obras expostas não permitem essa experiência para as pessoas com deficiência conhecerem artes plásticas, documentações históricas, têm no Memorial do Judiciário um espaço de recepção, no qual promovemos eventos periodicamente", acrescentou Sayonara Viana.
Fonte: TJSE