SAÚDE MENTAL FOI O FOCO DA 4ª JORNADA INSTITUCIONAL DO MPGO
quinta-feira, 18 de agosto de 2022, 13h47
Evento lotou auditório do edifício-sede
A Saúde Mental esteve em foco, nesta sexta-feira (12/8), durante o quarto encontro do projeto das Jornadas Institucionais do Ministério Público de Goiás (MPGO). “Precisamos cuidar da nossa gente, e o Ministério Público não faz outra coisa senão cuidar de gente, cuidar da sociedade. Mas, antes disso, temos que cuidar de nós mesmos”, enfatizou o procurador-geral de Justiça Aylton Flávio Vechi na abertura do evento, realizado no auditório do edifício-sede.
A organização do evento coube à Área de Saúde do Centro de Apoio Operacional (CAO), com apoio das Subprocuradorias-Gerais de Justiça para Assuntos Institucionais e para Assuntos Administrativos, da Escola Superior (Esump) e da Superintendência de Gestão em Recursos Humanos (SGRH).
A subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Laura Maria Ferreira Bueno, esclareceu que, nesta edição, pensou-se em fazer diferente, desenvolvendo a temática da saúde em um olhar para a própria instituição. “Precisamos cuidar de nós, membros e servidores, para servirmos melhor a sociedade. Somos todos nós, de mãos dadas, tentando nos fortalecer”.
O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Administrativos, Cyro Terra Peres, acrescentou ser fundamental “cuidar das pessoas, o maior patrimônio do MP”. Para ele, trata-se de tema de suma importância dentro da instituição e na sociedade em geral.
Iniciado com apresentação musical da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, o evento teve ampla participação de membros e servidores. Compuseram a mesa de abertura, além dos já citados, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Marcelo André de Azevedo; o diretor da Esump, Adriano Godoy Firmino, e a coordenadora da Área de Saúde, Lucinéia Vieira Matos.
Professor defende que promoção da saúde mental precisa ser pilar estratégico
Ao apresentarem o primeiro palestrante, a coordenadora da Área de Saúde, Lucinéia Matos, e a superintendente de Recursos Humanos, Janaína Azevedo, agradeceram a todos os que contribuíram para a realização do encontro. “É um trabalho de muitas mãos que se dedicaram para que possamos marcar uma proposta de mudança de perspectiva institucional”, afirmou Lucinéia Matos.
Estiveram ainda na moderação das atividades a promotora de Justiça Karina D’Abruzzo, a assessora jurídico-administrativa da Procuradoria-Geral de Justiça, e a chefe do Departamento de Desenvolvimento Humano, Mariana Dias.
A primeira conferência foi com o médico psiquiatra, PhD e professor Rodrigo Bressan. Ele abordou o tema a partir de quatro eixos principais: esclarecendo o que é saúde mental, os preconceitos relacionados ao tema, as implicações no ambiente do trabalho e o que se pode fazer para buscar a saúde mental.
Conforme esclareceu, a pandemia foi um modelo de estresse compartilhado, o que permitiu jogar luz ao tema, que passou a ser abertamente discutido. “A saúde passa por entender a doença. Se lidarmos com mais naturalidade, agimos melhor”, sublinhou, reforçando que é preciso viabilizar a promoção da saúde mental como pilar estratégico da instituição.
Filósofa Viviane Mosé falou sobre a necessidade de sermos pontes
No período vespertino, a psicanalista, especialista em políticas públicas, mestra e doutora em filosofia Viviane Mosé buscou instigar os presentes com questionamentos sobre o valor da vida, do bem-estar e da saúde psíquica no ambiente de trabalho. Antes de sua fala, foi apresentado o vídeo Quem Somos?, produzido pela Assessoria de Comunicação Social do MPGO a pedido da Área de Saúde e que apresenta um pouco da atuação de membros e servidores da instituição. Como definido pela promotora Lucinéia Matos, o MPGO faz pontes para a pacificação. “Fazermos pontes da porta para fora. É preciso fazermos pontes para dentro”, falou.
Viviane Mosé iniciou sua fala apontando que, quando se fala em adoecimento psíquico, “não estamos falando necessariamente de interioridades, mas também de aspectos da exterioridade”. Assim, ela acrescentou a necessidade de mudança de perspectivas diante de um modelo civilizatório em crise. “Estamos aqui para pensar o ser humano. Somos liderança, estamos aqui para fazer a ponte. Nós somos a ponte conosco mesmos”, ponderou.
Sob esta perspectiva, ela afirmou: “Você é quem você conecta. A alegria vem do compartilhamento da vida, é feita de encontro, de olhares”. Finalizou com um poema composto por ela que fala da graciosidade da vida, da necessidade de amabilidade.
Nos dois momentos de palestra, os integrantes participaram ativamente, por meio de questionamentos aos convidados. (Texto: Cristina Rosa - fotos: João Sérgio Araújo/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)
Fonte: MPGO