Agência Câmara Notícias: Estudo da Câmara mostra como o aplicativo Menor Preço Brasil pode se tornar uma ferramenta importante para o consumidor
quinta-feira, 19 de setembro de 2024, 16h13
Já está disponível na Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados estudo sobre o aplicativo Menor Preço Brasil. Implantado inicialmente no Rio Grande do Sul, a ferramenta de pesquisa de preços está disponível em 20 unidades da federação, como Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Distrito Federal, entre outros. O estado de São Paulo ainda não aderiu ao modelo.
O autor do estudo, o consultor legislativo Iuri Gregório de Souza, explica que o aplicativo pesquisa o preço de produtos num raio delimitado pelo consumidor. A pesquisa também pode ser feita por meio de código de barras. As alternativas de preços aparecem ordenadas do mais barato para o mais caro. O banco de dados do aplicativo é alimentado diretamente pela emissão de notas fiscais eletrônicas, Iuri fez testes em Brasília e constatou que a variação média de preços é de 25%.
A variação aumenta para 40% no caso de remédios e diminui para 7% nos combustíveis. Isso acontece porque o consumidor costumar saber o valor da gasolina, explica Iuri. Ele cita um exemplo pessoal e conta que, ao fazer compras numa farmácia, conseguiu com que o estabelecimento cobrasse o menor preço praticado na região – ao mostrar a pesquisa do aplicativo. “Nem precisei ir para a outra farmácia”, diz. “Você mostra que é um consumidor informado”.
Iuri acredita que o aplicativo Menor Preço Brasil poderá se tornar uma importante ferramenta para o consumidor e servir de referência de preços para produtores e o comércio. As informações sobre os preços, acredita, vão gerar uma “briga” pelo consumidor. “Você toma consciência da variabilidade dos preços e de quanto você paga caro por falta de informação”, diz.
Nas sugestões para melhorar a ferramenta, o consultor defende que o aplicativo também mostre quais estabelecimentos cobram, em geral, preços mais baixos. “Às vezes, é muito chato procurar produto por produto”, afirma. “Seria mais fácil o consumidor buscar o supermercado que cobra menos”.
O consultor ainda sugere que o aplicativo incorpore informações sobre a qualidade dos produtos, para o consumidor avaliar a relação custo-benefício. E acrescente informações sobre serviços, o que, segundo ele, poderia alavancar pequenos negócios. Iuri também acredita que seria interessante unificar os aplicativos. Hoje, cada estado pode ter o seu.
Fonte: Agência Câmara Notícias