TJDFT: Família Acolhedora: saiba como oferecer lar temporário para uma criança ou adolescente
quarta-feira, 26 de novembro de 2025, 16h56
Você já imaginou abrir as portas da sua casa e do seu coração para uma criança ou adolescente que precisa de um lar temporário? Essa é a proposta do Família Acolhedora, um serviço que encaminha meninas e meninos afastados de suas famílias para lares temporários. É aí que você pode entrar e transformar uma história.
Atualmente, 25 crianças e adolescentes estão em famílias acolhedoras. Outras 435 estão em instituições de acolhimento no Distrito Federal (DF). Elas foram afastadas de seus lares de origem, por decisão judicial, depois que seus direitos foram ameaçados ou violados. Porém, existem apenas 77 famílias habilitadas para recebê-las. Você pode ser a próxima!
O serviço de Família Acolhedora é uma medida de proteção, prevista no artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A inciativa visa oferecer um ambiente seguro, enquanto a situação judicial da criança é resolvida. No DF, esse serviço é realizado pelo Aconchego – Grupo de Apoio à Convivência Familiar e Comunitária, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
Não é adoção: é acolhimento
O acolhimento é temporário e dura, em geral, até 18 meses. As famílias interessadas passam por entrevista, visita domiciliar, avaliação e capacitação de seis encontros (parte presencial e virtual). Elas ainda recebem acompanhamento psicossocial e um auxílio financeiro de aproximadamente R$ 450 por mês.
A gestora financeira do Aconchego, Edivânia Nunes, relata a importância do papel de cada pessoa na vida das crianças e dos adolescentes que passam pelo serviço. “Trabalhar no Acolhimento Familiar é, todos os dias, poder olhar com sabedoria por cada criança e adolescente que chega ou que já passou pelo nosso Aconchego. É respeitar histórias de vida com muita admiração e saber que faço parte deste viver. É saber que de alguma forma cuido de um futuro no qual nem consigo imaginar”, conclui.
Quem pode ser família acolhedora?
Qualquer pessoa ou casal pode se candidatar. Todas as configurações familiares são bem-vindas. É preciso apenas:
- Ser maior de 18 anos e residir no DF;
- Não ter intenção de adotar e não constar no Cadastro Nacional de Adoção;
- Ter disponibilidade afetiva, emocional e física para cuidar;
- Não ter antecedentes criminais;
- Ter a concordância de todos os membros da família.
Para Vânia Darc, Família Acolhedora há 6 anos, abrir as portas de sua casa tem sido uma das experiências mais transformadoras de sua vida. Ela reforça o convite para que outras pessoas conheçam o projeto e façam parte dessa corrente de cuidado. “Acolher é abrir o coração e transformar vidas. É com afeto e cuidado que a gente constrói um futuro melhor para todos”, declarou.
Maria Eunice Nunes, que já acolheu cinco crianças em quatro anos como Família Acolhedora, explica que participar do serviço é muito mais que oferecer abrigo. “Quando Bia chegou em nossa casa ela não andava e nem falava, com 1 ano e 3 meses. Então começamos a fazer os estímulos de fala com ela. Ela só emitia ruídos e logo veio as primeiras palavras: não, neném e au au. Tínhamos cachorro. Então, para nossa alegria, ver seu desenvolvimento faz o nosso cuidado ser muito gratificante”, registrou Maria.
Como participar?
- Envie seu nome completo e telefone para: familiaacolhedora.aconchego@gmail.com
- Participe de uma entrevista com a equipe técnica.
- Faça a capacitação de seis semanas.
- Receba a visita domiciliar.
- Aguarde a habilitação.
Entre em contato com o Aconchego e saiba mais sobre como oferecer um lar temporário para crianças e adolescentes. Telefones: (61) 3963-5049 / (61) 99166-2649. Instagram: @aconchegodf
FONTE: TJDFT