Tribunal de Justiça de São Paulo doa livros para o sistema prisional paulista
quarta-feira, 05 de abril de 2023, 17h56
Movidos pela empatia, os funcionários do Tribunal de Justiça de São Paulo idealizaram a campanha “Doe seu Livro – Projeto Ler Adianta”. Parte da arrecadação foi encaminhada para a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), em benefício do sistema carcerário paulista. Coube à Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) distribuir as doações entre os seus 28 estabelecimentos penais.
De acordo com o Desembargador Gilberto Leme Marcos Garcia, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a leitura pode ser uma ferramenta poderosa para a reinserção do indivíduo privado de liberdade à comunidade.
Segundo o Desembargador, os reeducandos têm acesso a um mundo de ideias e conhecimentos, obtendo ensinamentos de cidadania, empatia e ética. Para ele, “todos que doaram livros para esta valorosa campanha, assim como a parceria entre o Tribunal de Justiça com a Secretaria de Administração Penitenciária, contribuíram para a reintegração da população carcerária à sociedade”.
Nesse montante, mais de 1.200 livros vieram para ampliar o acervo das salas de leitura da Coremetro. Atualmente, as unidades prisionais da região metropolitana registram exatos 112.153 exemplares que são disponibilizados para leituras semanais junto à uma população carcerária de cerca de 32.700 reclusos.
Incentivo à leitura
Vista como um dos meios de ressocialização do indivíduo preso, o incentivo à leitura é praticado rotineiramente nas unidades prisionais da Coremetro. A partir dos projetos de leitura dirigida e livre, e com o apoio de pareceristas de instituições externas, que avaliam e validam os relatórios de leitura, o recuperando pode remir parte de sua pena por meio da leitura mensal de uma obra literária selecionada.
A partir desse ponto de vista a ação de ler tomou um significado mais amplo. Para homens e mulheres reclusos, leitura tornou-se sinônimo de liberdade. Dessa forma, a leitura dá a possibilidade de remição de quatro dias de pena por relatório produzido. De forma prática, por exemplo, no prazo de 12 meses é possível remir até 48 dias.
Fonte: SAP SP