GMF-TJMT articula parceria para ampliar educação e empregabilidade no sistema prisional
quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, 13h40

Um novo projeto de reinserção social voltado às pessoas privadas de liberdade começou a ganhar corpo nesta quarta-feira (17). O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF-TJMT) apresentou uma proposta que irá ampliar a oferta de cursos profissionalizantes, tecnólogo e de graduação para cerca de 15 unidades prisionais de Mato Grosso, masculinas e femininas.
A ação conta com parceria da Faculdade Anhanguera e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECITECI), e tem o objetivo de garantir novas oportunidades profissionais por meio da qualificação e empregabilidade. A iniciativa está na fase de projeto, com debates sobre questões estruturais e financeiras, mas a ideia é que seja colocada em funcionamento já durante o primeiro semestre de 2026.
Com cursos nas modalidades EAD e presencial, o projeto liderado pelo GMF-MT do Poder Judiciário de Mato Grosso pretende preparar os reeducandos para o mercado de trabalho, principalmente os que estão próximos de concluir o cumprimento da pena. O portfólio da faculdade conta com cursos como cozinheiro, confeitaria, marketing digital, programador web, administração pública, comércio exterior, jornalismo, ciências econômicas, entre vários outros.
“Nossa preocupação maior é preparar essas pessoas para que, ao colocarem os pés fora das unidades prisionais, saiam empregadas. É uma forma também de prevenir que esses reeducandos sejam cooptados pelo crime organizado pela falta de oportunidade. Vamos colocar a mão na massa e fazer acontecer, para que não seja apenas um projeto, mas sim uma realidade”, destacou o supervisor do GMF-TJMT, desembargador Orlando de Almeida Perri.
Representando a Anhanguera, o diretor da unidade educacional de Sinop, Aloisio João Biserra, afirmou que a instituição está disponível para atender e ajudar na formação de novos profissionais. “Hoje temos um portfólio com mais de 70 cursos, todos certificados e reconhecidos pelo MEC. Estamos disponíveis com muita qualidade acadêmica e profissional”, disse Aloísio.
O coordenador do GMF-TJMT, juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto enfatizou que a ideia é que os cursos tenham duração de quatro a seis meses. “É uma oportunidade para que o recuperando, durante o cumprimento da pena, faça o curso e saia com um emprego, para não voltar para o crime. Hoje foi o grito de inauguração desse trabalho tão importante, que queremos reproduzir em todo o estado”, comentou o juiz.
Participaram da reunião de apresentação membros do GMF-TJMT, juízes(as) das Comarcas e diretores das unidades prisionais de Cáceres, Pontes e Lacerda, Juína, Sinop, Tangará da Serra, Rondonópolis, Água Boa, Barra do Garças, Cuiabá, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães; Federação dos Conselhos da Comunidade, Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), Fundação Nova Chance, Escritório Social, Seciteci e Faculdade Anhanguera.
Fonte: TJMT