Instituições que recebem condenados à pena de prestação de serviços à comunidade celebram acordo com MPF para aquisição de ponto eletrônico
por MPF Paraíba
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020, 16h11

Representantes de instituições de Campina Grande (PB), cadastradas na Justiça Federal para receberem condenados que cumprem penas de prestação de serviços à comunidade, celebraram acordo com o Ministério Público Federal (MPF), nessa quinta-feira (20), para aquisição e implantação de ponto eletrônico de frequência dos apenados. Instituto dos Cegos, Instituto São Vicente de Paulo, Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) e Casa do Menino se comprometeram a adquirir aparelhos de biometria até o fim do próximo mês de março. Já o Ministério Público Federal se comprometeu a disponibilizar apoio técnico em informática para alimentação de dados.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que também esteve representada na reunião, conta com o controle de frequência há algum tempo, conforme constatado em inspeção realizada pela procuradora do MPF Acácia Suassuna. “A situação da Apae é digna de elogio, por espontaneamente já ter implementado o controle eletrônico. Trata-se de uma boa prática, que deve ser replicada por outras instituições”, declarou a procuradora.
Diante da verificação de que algumas folhas de frequência estavam com horários predeterminados ou sem assinaturas do supervisor, e até algumas sem assinatura dos apenados, foi instaurado inquérito civil no MPF para apurar o efetivo cumprimento da pena alternativa nas entidades de Campina Grande. Na reunião, foi colocado por representantes do Ministério Público que é crime de falsidade ideológica inserir informações falsas nas folhas de frequência, e que esse controle não poderia mais ser manual, tendo que ser eletrônico. O procurador do MPF Bruno Barros ressaltou que o trabalho prestado às instituições por parte dos apenados tem natureza de sanção penal, devendo ser fiscalizado com rigor.
Ressocialização - Na oportunidade, também foram compartilhadas experiências positivas em relação à ressocialização de apenados. “Foram expostas situações de êxito em que apenados não só se ressocializaram, mas desenvolveram grandes trabalhos nas instituições”, comemorou Acácia Suassuna.
Doações – Também ficou acordado na reunião que as instituições encaminharão listas de materiais que têm necessidade para serem contempladas em acordos de não-persecução penal.
Fonte: MPF Paraíba